quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Opinião - Delirium

Ficha Técnica:
Autor: Lauren Oliver
Páginas: 401 (Kindle edition)
Editor: HarperCollins
ASIN: B00A9V2JSG

Sinopse:
Lena Haloway is content in her safe, government-managed society. She feels (mostly) relaxed about the future in which her husband and career will be decided, and looks forward to turning 18, when she’ll be cured of deliria, a.k.a. love. She tries not to think about her mother’s suicide (her last words to Lena were a forbidden “I love you”) or the supposed “Invalid” community made up of the uncured just beyond her Portland, Maine, border. There’s no real point—she believes her government knows how to best protect its people, and should do so at any cost. But 95 days before her cure, Lena meets Alex, a confident and mysterious young man who makes her heart flutter and her skin turn red-hot. As their romance blossoms, Lena begins to doubt the intentions of those in power, and fears that her world will turn gray should she submit to the procedure. In this powerful and beautifully written novel, Lauren Oliver, the bestselling author of Before I Fall, throws readers into a tightly controlled society where options don’t exist, and shows not only the lengths one will go for a chance at freedom, but also the true meaning of sacrifice.

Opinião:
Na altura em que este livro saiu fiquei bastante curiosa com a premissa do mesmo, o facto de o amor ser uma doença. Após anos e anos de incontáveis guerras e problemas foi arranjada uma cura para esta doença e pelo menos a nível dos Estados Unidos da América toda a gente é obrigada a ser operada para ficar impedido de ser contagiado. Existem no entanto pessoas para as quais a cura não resulta e existem ainda outras que vivem foram das cidades consideradas pelo estado, que vivem na zona selvagem.

Interessante correcto? Pois, também achava. No entanto o livro deixa bastante a desejar. A escrita da autora é simples, e se por vezes esta é uma característica que traz vantagens para o livro neste caso essa vantagem não se aplica. A nível das personagens, e falando no geral, achei-as bastante simples. Não é que não se note um esforço da autora para que estas sejam credíveis, com as suas acções a acompanhar a sua "história de vida". Todas as atitudes da Lena perante o amor e perante a operação que se avizinha são bastante racionais e compreensíveis, como também são compreensíveis as atitudes da Hanna, tendo em conta o que se avizinha. Mas se calhar é esse o problema, tudo se encaixa perfeitamente no mundo da autora, não houve propriamente algo na atitude dos personagens que me surpreendesse.
Para mim a única personagem que talvez se tenha safado foi o Alex. Ele é fofo e querido e faz tudo pela Lena, mas aquele amor à primeira vista buliu-me um pouco com os nervos. Achei toda a história muito flat e de repente a autora atira-nos com aquele final. Toda a gente já estava à espera que algo trágico acontecesse, mas não houve aquela linha de acontecimentos que nos leva ao limite, ao prender a respiração, ao clímax. Simplesmente apareceu ali, caído do nada.

Sinceramente não sei se vou prosseguir com a saga ou se fico por aqui. Não me sinto minimamente conectada com os personagens, não me sinto excitada/nervosa/na expectativa com aquele final. Nem por um segundo estive naquele local de: "Oh meu Deus, tenho que ler já o livro a seguir!" (se é que me entendem).

É uma leitura que talvez seja interessante para quem gosta de Literatura Young Adult, mas para quem apenas gosta/perde tempo com um bom livro Young Adult com personagens fortes e uma história consistente há por aí muitas oportunidades. Não vale a pena perder tempo com este livro. Este é sem dúvida um dos livros mais fraquinhos que li, principalmente dentro das agora na moda distopias.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Mini-Opinião - Coração Corda

Ficha Técnica:
Autor: Carina Portugal
Título: Coração de Corda
Páginas: 25
Editor: smashwords
ISBN: 9781311937070

Sinopse:
Um sorriso doce pode esconder o segredo mais obscuro. Philip Reeve é um artesão reconhecido e Angelique uma frágil bailarina francesa que, no Teatro Dark Forest, o encantou com a sua arte . Quando a dama o visita na loja de brinquedos, Philip não consegue esquecer a cena presenciada nos bastidores, nem o medo que vê nela. Contudo, é incapaz de imaginar a magnitude da tempestade que se adivinha.

Opinião:
Este é um conto da autora Carina Portugal que vai buscar um estilo de escrita (e não só) que ultimamente tem vindo a ter bastante proeminência, o steampunk. Gostei do pouco que nos foi possível ver do mundo criado pela autora. A ideia de que seria possível substituir orgãos inteiros por objectos mecânicos não é inédita, mas está bem introduzida na história, no entanto esta não é uma das obras mais marcantes da autora. Daquilo que já li da autora esta tem um pendor para histórias mais macábras e obscuras, e é nisso que a autora é melhor. Não me parece que mistério seja propriamente a sua praia. A autora podia ter optado por se introduzir numa coisa de cada vez. Ou seja, tentar em histórias diferentes usar o steampunk e a componente mistério. De qualquer modo o que mais me incomodou foi a utilização de bastantes expressões portuguesas na escrita. Certo, a autora é portuguesa, mas a história não se passa em Portugal. Apesar de a nível da história poderem existir nuances a verdade é que fisicamente Londres existe e os seus cidadãos têm expressões e características próprias das suas personalidades diferentes das nossas. E isso é algo que um autor precisa de considerar quando escreve sobre uma noção que tem uma base de verdade.

De qualquer modo é uma história engraçada e que entretém o leitor. Para quem conhece a autora é mais uma história a ler.

Sunday's Quotes (28)

“Bran thought about it.
'Can a man still be brave if he's afraid?'
'That is the only time a man can be brave,' his father told him.” ― George R.R. Martin, A Game of Thrones

sábado, 25 de janeiro de 2014

Opinião - O Dia do Perdão

Ficha Técnica:
Autor: Ursula K. Le Guin
Título Original: Four Ways to Forgiveness
Páginas: 240
Editor: Presença
ISBN: 9789722332057
Tradutor: ?

Sinopse:
Ursula K. Le Guin é uma genial criadora, hoje considerada uma verdadeira lenda viva, tal a sua importância para a ficção científica e o género fantástico. Entre as suas mais conhecidas criações estão inquestionavelmente a tetralogia Terramar. "O Dia do Perdão" é uma sequência de quatro contos ligados à epopeia da libertação de seres humanos. São histórias em torno de dois mundos, Werel, uma oligarquia esclavagista, e o seu satélite, Yeowe, onde mão-de-obra escrava trabalha incessantemente para os seus «donos» - assim se autodesignam - a fim de preencher todas as necessidades inerentes a um sistema económico desumano. O Ecuménio, imensa Liga Planetária, intervirá em sua ajuda. Mas uma vez abolida a escravatura neste sistema binário, outras formas de opressão permanecem por superar…

Opinião:
O que é que posso dizer acerca deste livro? Ursula K. Le Guin. O nome da autora basicamente diz tudo o que há para dizer. Este não é o primeiro livro que leio da autora relativamente ao Hainish Cycle, A Mão Esquerda das Trevas fio o primeiro que li e foi sem dúvida um livro diferente e marcante. Contudo este tocou-me de uma forma muito especial.

Nele são-nos contadas a história de quatro personagens, sendo três deles mulheres. Cada uma das histórias é um hino ao amor, ao perdão e à aceitação. Não só de nós para com os outros, mas também para connosco. Ser capazes de nos perdoar e aceitar nem sempre é fácil, mas Le Guin mostra-nos que isso é possível, e que a capacidade de nos abrir-mos para as outras pessoas torna-nos mais ricos. Outra coisa fenomenal é o modo como ela representa as diferentes sociedades, as descrições dos seus costumes e a sua maneira de agir. Ao contrário de muitos autores, Le Guin não precisa de grandes textos e grande background para nos fazer compreender e fazer-nos sentir integrados nas comunidades que nos apresenta. Os seus personagens são sempre extremamente fortes e bem caracterizados. É impossível ficarmos indiferentes à força demonstrada pela mulher que abandona o seu caminho para ajudar alguém e que acaba por descobrir o amor. Ou aquela que apesar de tudo o que passou na vida ser capaz de se perdoar e lutar por aquilo que quer.

Sendo que este livro se passa num planeta que acabou de se libertar da escravatura é engraçado ver (ou não), a maneira como os seus habitantes lidam com essa situação. A maior parte simplesmente não compreende o que é ser livre e não lhe dá o devido valor. E mesmo aqueles que o compreendem, principalmente as mulheres, não têm hipótese de o aproveitar, pois infelizmente a liberdade nunca é para todos. E isso é algo que não é só visível aqui, é visível também à nossa volta todos os dias. Os livros da autora são sempre actuais e fazem-nos ver determinados aspectos da nossa sociedade que estão esquecidos ou são simplesmente ignorados.

Não muito mais que eu possa dizer acerca deste livro a não ser: Leiam-no, já. É uma obra sublime que merece ser lida e relida.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Opinião - A Midsummer's Nightmare

Ficha Técnica:
Autor: Kody Keplinger
Páginas: 304 (Kindle edition)
Editor: Poppy
ASIN: B005S8O8XY

Sinopse:
Whitley Johnson's dream summer with her divorce dad has turned into a nightmare. She's just met his new fiancee and her kids. The fiancee's son? Whitley's one-night stand from graduation night. Just freakin' great.

Worse, she totally doesn't fit in with her dad's perfect new country-club family. So Whitley acts out. She parties. Hard. So hard she doesn't even notice the good things right under her nose: a sweet little future stepsister who is just about the only person she's ever liked, a best friend (even though Whitley swears she doesn't "do" friends), and a smoking-hot guy who isn't her stepbrother...at least, not yet. It will take all three of them to help Whitley get through her anger and begin to put the pieces of her family together.

Filled with authenticity and raw emotion, Whitley is Kody Keplinger's most compelling character to date: a cynical Holden Caulfield-esque girl you will wholly care about.

Opinião:
A Mdisummer's Nightmare conta-nos a história de Whitley e do verão em que a sua vida dá uma reviravolta. Whitley é filha de pais divorciados, ninguém lhe dá a mínima atenção e por causa disso desde nova que a sua vida é farras, com muito álcool e curtir com os rapazes mais jeitosos que estiverem presentes. Até ao Verão em que recebe do pai a incrível notícia de que este se vai casar.

Ao longo da narrativa consegui identificar-me com a personagem. Com o quadro que a autora nos pinta é fácil de perceber o porquê de Whitley gostar de estar num estado permanente de embriaguez, e de se enrolar com qualquer rapaz que lhe apareça à frente. Afinal o que ela quer é chamar a atenção das pessoas de quem gosta. Relativamente aos personagens secundário, gostei especialmente da Bailey e do Harrison. A Bailey com a sua inocência e maneira de estar conseguiu cativar-me e também abrir fendas profundas na armadura da Bailey. Já o Harrison é o fartote. Cada vez que ele entra em cena é só rir. Apesar do seu lado cómico nota-se que é alguém que sabe o quer da vida e que tem sempre algo para dizer que é correcto e que se enquadra perfeitamente na situação. A personagem que provavelmente senti que fosse mais fraca foi o par de Whitley, Nathan.

A nível do desenvolvimento da história, foi feito com ritmo e as coisas aconteceram quando tiveram que acontecer. Não senti que a história se arrastava ou que saltava passos necessários. A história passa pela apresentação das personagens, passando para o acontecimento que abre os olhos ao personagem e chegando por fim à recuperação. algo de que gostei foi o facto de que a autora não faz com que Whitley após se aperceber do buraco em que está dê uma volta de 180º e "está tudo bem". A maior parte das pessoas passa por um tempo de depressão em que se culpam, e gostei que a autora mostrasse esse lado na história. Não posso deixar de admitir que em algumas partes a história se torna deveras emocionante, confesso que em algumas partes veio-me a lágrima ao olho, a autora consegue fazer-nos sofrer quando a Whitley também sofre.

A única coisa que não gostei muito, e é por isso que gostei menos do livro do que estava à espera prende-se com a relação entre a whitley e o Nathan. Enquanto que conseguimos ver a amizade entre a Whitney e o Harrison a desenvolver-se, a verdade é que em nenhum ponto consegui perceber o porquê de ela se apaixonar tão perdidamente pelo Nathan. Achei que eles não tiveram assim tantos momentos como isso para se puderem apaixonar. Foi um pouco estranho. Outro ponto negativo é que enquanto li-a a história custou-me um pouco a acreditar que eles tinham 18 anos. Parecia mais que tinham 16, pelo menos a Whitley.

De qualquer modo foi uma leitura agradável. Se houver por aí interessados numa leitura leve que inclua emoções fortes e romance este livro será uma boa aposta.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Opinião - Hide and Seek


Ficha Técnica:
Autor: Sara Shepard
Páginas: 304 (Kindle edition)
Editor: HarperTeen
ASIN: B0076796AK

Sinopse:
My friends and I used to play lying games.

Now my twin sister is living one.

When I was alive, my family seemed picture-perfect. My adoptive parents adored me, and my little sister, Laurel, copied my every move. But now that my long-lost twin, Emma, has taken my place to solve my murder, we’re both learning just how flawed my family really is.

Laurel is shooting Emma nasty looks and sneaking around with my ex-boyfriend. And it turns out my parents are keeping a huge secret—could it be the reason I’m dead?

How far would they go to keep the truth buried? No one can harm me now, but Emma is still fair game. And if she’s not careful, she’ll end up buried, too...

Opinião:
Neste quarto livro da saga The Lying Game continuamos a seguir Emma na sua procura pelo assassino da irmã. Os suspeitos são mais que muitos e as reviravoltas na trama aparecem a cada virar de página. Neste livro o suspeito volta a ser Laurel, mas não é a única personagem da qual as suspeitas vão recair ao longo do livro.

Emma vai fazer descobertas completamente assustadoras em relação aos Mercer, revelações essas que levam a que Sutton tenha flashbacks que nos mostram mais cenas que aconteceram naquela noite e que nos encaminham cada vez mais para perto da verdade. Tenho que ser sincera, não estava nada à espera do twist que a autora nos lança ao longo do livro e que leva a que tenhamos uma perspectiva completamente diferente acerca de muitos dos acontecimentos e acções que tenho vindo a observar durante a leitura desta série.

Uma vez mais Emma continua a lutar para manter a sua identidade e para corrigir todos os erros que Sutton cometeu enquanto era vida. Nomeadamente os erros cometidos que arruinaram a sua relação tanto com as suas amigas como com a sua família. Ao mesmo tempo Emma tem que ir contra a atracção que sente por Tyler. Afinal Emma gosta é de Ethan, e Thayer era o amor de Sutton, logo não seria politicamente correcto, certo? Além de toda esta situação a incerteza em que Emma se encontra em relação a quem é o assassino, o medo, o pânico, começam a dar cabo das suas defesas. Afinal, quem é que se sentiria seguro a viver num local onde cada pessoa, incluindo a nossa família, pode ser o assassino da nossa irmã gémea?

Não há muito a dizer acerca deste livro, relativamente à caracterização das personagens ou à escrita da autora. Esta mantém-se no mesmo registo e relativamente aos outros livros mantém-se no mesmo patamar. Assim sendo estou curiosa para saber o que vem aí no próximo livro, afinal de contas neste momento não temos um suspeito em concreto. A autora irá provavelmente pegar na revelação do livro e partir a partir daí para um novo ponto na história.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Mini-Opinião - A Linha Recta do Corvo e Orin

Ficha Técnica:
Autor: Manuel Alves
Título: A Linha Recta do Corvo
Páginas: 20
Editor: smashwords
ISBN: 9781301562879

Sinopse:
Lince teria uma vida relativamente despreocupada se não fosse a pequena questão de ser perseguido por assassinos, e tudo só porque chateou certas pessoas por ter testemunhado algo que não devia. Felizmente, os corvos avisavam Lince sempre que um assassino se aproximava. Infelizmente, os corvos não o ajudavam a escapar. Uma boa maneira de matar um assassino é tornar-se um assassino melhor. Pelo menos, foi o que Lince pensou.

Opinião:
Este texto é um pouco assustador. O personagem principal demonstra uma certa loucura na sua maneira de estar perante as tentativas de assassinato e a maneira como lida com elas. Sendo que parece até desfrutar do facto de ser perseguido e ter que se livrar dos seus captores. A maneira como para ele tudo é natural torna-se algo assustadora para o leitor que se sente nauseado com tamanho à vontade perante a morte. O final é um pouco previsível, mas gostei de como o autor no-lo apresentou. A ideia de os corvos o avisarem de que está um assassino por perto também está bem conseguida. Provavelmente existe uma razão para isso, mas não estou a conseguir identificar qual é. Fiquei com pena de não ter sido apresentado o motivo pelo qual o personagem se encontra a ser perseguido.

Ficha Técnica:
Autor: Manuel Alves
Título: Orin
Páginas: 16
Editor: smashwords
ISBN: 9781301789955

Sinopse:
No Início, existia apenas uma vontade. Essa vontade não tinha desejos, pois não havia nada para desejar. Para essa vontade, todo o conhecimento era imediato e limitado à sua própria existência. A vontade existia numa plenitude despreocupada. Tudo mudou com um simples pestanejar…

Opinião:
Até agora este foi dos contos que menos apreciei, relativamente a este autor. Gostei da ideia da criação do mundo e como ela teria ocorrido, mas chega a uma certa altura que as descrições se começam a tornar maçadoras e parece que o autor começa a descambar para o parvanço tirando toda a beleza à narrativa.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Sunday's Quotes (26)

“You can't change anything from the outside in. Standing apart, looking down, talking the overview, you see pattern. What's wrong, what's missing. You want to fix it. But you can't patch it. You have to be in it, weaving it. You have to be part of the weaving.” ― Ursula K. Le Guin, Four Ways to Forgiveness

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Opinião - Scarlet

Ficha Técnica:
Autor: Marissa Meyer
Páginas: 464 (Kindle edition)
Editor: Feiwel and Friends
ASIN: B009LRWVVY

Sinopse:
The fates of Cinder and Scarlet collide as a Lunar threat spreads across the Earth...

Cinder, the cyborg mechanic, returns in the second thrilling installment of the bestselling Lunar Chronicles. She's trying to break out of prison—even though if she succeeds, she'll be the Commonwealth's most wanted fugitive.

Halfway around the world, Scarlet Benoit's grandmother is missing. It turns out there are many things Scarlet doesn't know about her grandmother or the grave danger she has lived in her whole life. When Scarlet encounters Wolf, a street fighter who may have information as to her grandmother's whereabouts, she is loath to trust this stranger, but is inexplicably drawn to him, and he to her. As Scarlet and Wolf unravel one mystery, they encounter another when they meet Cinder. Now, all of them must stay one step ahead of the vicious Lunar Queen Levana, who will do anything for the handsome Prince Kai to become her husband, her king, her prisoner.

Opinião:
E uma vez mais Marissa Meyer chega e deixa toda a gente de queixo caído. Se Cinder já era um retelling fantástico da história da Cinderela então Scarlet é sem dúvida único.

Começando pouco depois dos acontecimentos presenciados em Cinder, Scarlet apresenta-nos uma série de novas personagens completamente fascinantes e bem construídas. Scarlet foi das que mais adorei, ela é tão respondona, sem papas na língua independentemente de quem lhe tenta fazer frente, mas ao mesmo tempo é uma pessoa com um coração de ouro. Capaz de amar sem reservas, e sendo sempre fiel para quem o merece é uma personagem que não se deixa convencer pelos boatos e que procura sempre descobrir a verdade antes de julgar quem quer que seja. De certa forma revi-me em muitas atitudes desta personagem porque acho que teria respondido exactamente da mesma maneira. Apesar de tudo achei-a um pouco mais "infantil" que Cinder, mas isso será derivado do facto de terem personalidades tão distintas. E o Wolf? Oh meu Deus! Quando eu me apercebi quem era (e andava desconfiada desde que li a sinopse) fiquei completamente encantada e apaixonada, pois desde que o conheço que o adoro completamente e tenho um carinho muito especial pelo mesmo. E por fim o Thorne, ele é tão totó! Mas ao mesmo tempo é muito amoroso e querido, e parecendo que não é exactamente aquilo que a Cinder precisa para se sentir equilibrada. O Thorne vê as coisas de uma forma bastante simples que leva a que muitas vezes a Cinder consiga ultrapassar os seus remorsos e veja as coisas de uma forma não tão preta nem tão branca.

Mas não é só as personagens completamente cativantes que nos prendem à narrativa. A autora consegue imprimir ritmo à narrativa mesmo nos momentos mais parados e de auto-descoberta, assim o leitor não se sente perdido nas parte em que não anda toda a gente à pancada. A maneira como a autora vai encaixando as peças e dando-nos a conhecer os envolvidos na história da Cinder faz com que tudo pareça natural e que o sentido que a narrativa está a tomar seja o mais apropriado. Ao mesmo tempo a autora não se limita a dizer-nos o porquê de a Rainha Levana ter tanto medo de Cinder, a autora mostra-nos o porquê e faz-nos percebê-lo, assim sendo nós sentimos o medo da Rainha como real e não como uma desculpa esfarrapada para a sua atitude.

A maneira como a Cinder e a Scarlet vão lidando com tudo o que acontece é bastante diferente, mas em ambos os casos fiquei com muita pena de ambas as protagonistas. Aquilo que tiveram que ultrapassar e aceitar como sendo uma nova realidade não é fácil.

Assim sendo, termino dizendo que espero ansiosamente o próximo livro, Cress, e que se por um lado estou entusiasmada pelo que aí há-de vir, por outro tenho medo que a autora se espalhe e eu me fique a sentir completamente deprimida e ultrajada.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Opinião - Tongues of Serpents

Ficha Técnica:
Autor: Naomi Novik
Páginas: 355 (paperback)
Editor: Del Rey
ISBN: 0345496906

Sinopse:
Convicted of treason despite their heroic defense against Napoleon’s invasion of England, Temeraire and Capt. Will Laurence have been transported to a prison colony in distant Australia—and into a hornet’s nest of fresh complications. The colony is in turmoil after the overthrow of military governor William Bligh—aka Captain Bligh, late of HMS Bounty. And when Bligh tries to enlist them in his bid to regain office, the dragon and his captain are caught in the middle of a political power struggle. Their only chance to escape the fray is accepting a mission to blaze a route through the forbidding Blue Mountains and into the interior of Australia. But the theft of a precious dragon egg turns their expedition into a desperate recovery operation—leading to a shocking discovery and a dangerous new complication in the global war between Britain and Napoleon

Opinião:
Para quem começou a ler esta série com a editora Presença bem cedo se viu obrigado a deixá-la parada ou a passar para o inglês, pois em português ficou-se pelos primeiros três livros. Neste momento já existem 8 editados, sendo que a série será constituída por 9 e que o presente é o sexto. Após alguns dissabores no terceiro e quarto livros a autora conseguiu voltar a conquistar-me no quinto e sexto.

Neste último continuamos a seguir Laurence e Temeraire na sua viagem para a Austrália, após serem considerados traidores para com a coroa inglesa. Apesar do que a sinopse faz parecer (que nos vamos sentir completamente enredados em intriga e política), a verdade é que isso é sentido como algo bastante secundário, sendo a história basicamente focada nos ovos e nos dragões que acabam por eclodir. A história em si não é nada de especial, não traz nada de novo para o desenvolvimento da narrativa nem nos mostra propriamente desenvolvimentos na guerra. O pouco que sabemos é bastante secundário e dito quase como rumor em vez de verdade. O que transmite ao leitor a sensação de se estar algo estagnado nos acontecimentos.

Quanto aos personagens em si, acho engraçado o modo como Temeraire para umas coisas é tão inteligente e perspicaz, no entanto para outras é tão ingénuo. E a maneira como o Laurence tem tanta paciência para lhe explicar as coisas e o fazer ver os problemas de diferentes ângulos é enternecedora. Acho que fazem uma boa dupla, complementando-se na perfeição. Claro que os outros dragões e aviadores também servem de complemento e não há dúvida que o temperamento da Iskierka é fogo (literalmente), mas é o contraste perfeito para a personalidade mais pacata de Temeraire. É diveritdo vê-lo a ficar todo picado com ela.

Um livro que não traz nada de novo à história, mas que apesar de tudo continua a ter a capacidade de encantar o leitor. Só espero que no próximo livro possamos ver o Temeraire e o Laurence a voltarem para o local onde pertencem, ao lado dos seus colegas aviadores, na guerra contra Napoleão.

Mini-Opinião - Legado Vermelho e Equador Morto

Ficha Técnica:
Autor: Manuel Alves
Título: Legado Vermelho
Páginas: 22
Editor: smashwords
ISBN: 9781301643981

Sinopse:
Lantis é um jovem brilhante, e uma das pessoas mais inteligentes do mundo. Atly é o seu irmão mais novo, sempre metido no seu mundo de fantasia, constantemente a inventar histórias povoadas de criaturas lendárias. Quando o pai, um conceituado cientista, os leva à Reserva dos Dragões, para estudar fendas sísmicas, Atly descobre algo que ameaçará a existência do próprio planeta.

Opinião:
Tenho que confessar que estou um pouco viciada na escrita deste autor e que só descansei após ler todos os seus contos disponíveis gratuitamente. Não irei colocar todas as opiniões no mesmo post, se não este tornaria-se algo extenso. Relativamente a este conto gostei do modo como o autor nos mostra como às vezes somos tão cegos perante as novidades e ficamos tão deslumbrados que não vemos o que está mesmo à nossa frente, além de que deixamos de dar importância àquilo que realmente nos deveria encher o pensamento. Gostei da ideia dos dragões apresentada pelo autor, mas principalmente gosto da maneira como ele nos dá a conhecer os acontecimentos.

Ficha Técnica:
Autor: Manuel Alves
Título: Equador Morto
Páginas: 16
Editor: smashwords
ISBN: 9781301941247

Sinopse:
Muitos anos depois de criaturas lendárias terem surgido na Terra e dominado todo o hemisfério norte, a Humanidade vive apenas no hemisfério sul, escudada por uma barreira construída à volta do mundo, sobre a linha do Equador. Uma equipa de reparações é atacada numa missão a norte da barreira e o capitão Marco, o único sobrevivente, só quer regressar a casa.

Opinião:
Uma vez mais o autor apresenta-nos os dragões, mas agora numa perespectiva um pocuo diferente. Aqui eles foram criados devido à ganância e sede de conhecimento do homem. Foram criados devido à ideia ridícula de que muita gente tem de se considerar Deus. A ideia de uma mundo pós-apocalíptico em que o mundo se encontra divido pela linha do equador é um pouco assustadora, e a maneira como o autor apresenta a situação também. Começo a verificar uma certa tendência do autor para o fatalismo e para deixar os finais em aberto, levando a que por um lado me sinta cativada e por outro me sinta bastante insatisfeita por não saber o que vem a seguir. Este era um daqueles contos, tal como Z, em que não me importava nada de saber o que vem a seguir para os personagens principais.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Opinião - A Canção de Kali

Ficha Técnica:
Autor: Dan Simmons
Título Original: Song of Kali
Páginas: 235
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789896371166
Tradutor: João Barreiros

Sinopse:
Robert Luczak, jornalista e editor, é enviado a Calcutá para recuperar um manuscrito de uma raridade incalculável. O seu autor é um obscuro poeta indiano que morreu há quase dez anos. O manuscrito, no entanto, é mais recente, e estranhos rumores dizem que o autor ressuscitou para escrever essa obra.

Aconselhado por um amigo a não aceitar a missão, Robert ignora o aviso e até leva a mulher e a filha recém-nascida. Uma decisão que o irá atormentar para o resto da vida.

Calcutá é um lugar selvagem, agressivo, imundo e infinitamente estranho. Logo que chega Robert é arrastado para as entranhas da cidade e descobre que não é o único a perseguir o valioso manuscrito. O Culto de Kali - uma temível seita que conspira para invocar a Deusa da Morte e libertá-la sobre a Terra - está disposto a tudo para o encontrar: sangue, morte e até sacrifícios humanos.

A Canção de Kali é a história de um homem disposto a ir ao próprio inferno e a arriscar muito mais do que a vida. E você... está pronto para ouvir esta canção?

Opinião:
Durante muito tempo ouvi falar deste livro. Muitas das pessoas que conheço o compravam para oferecer aos amigos, ou andavam constantemente à caça dele nas bancas da Saída de Emergência num tentativa de o apanhar a 5€. Durante muito tempo me senti curiosa perante toda esta loucura, mas nunca me sentir verdadeiramente tentada a adquirir o livro. Até que este ano durante o Fórum Fantástico pensei: "Porque não?". Pouco tempo depois peguei nele e já não o larguei mais.

Em A Canção de Kali somos presenteados com a visão de uma Calcutá arrepiante. Não é que os personagens não sejam importantes ou bem construídos. Muito pelo contrário. São extremamente cativantes e reais. Sendo que a personalidade de Robert contrasta grandemente com a personalidade de Amrita, um personagem extremamente lógico e realista. Contudo são as descrições e o ambiente que deixam o leitor completamente preso à narrativa.

A Canção de Kali é um livro bastante assustador e realista. Não é que já tenha estado na Índia ou mais propriamente em Calcutá, mas a verdade é que as descrições do autor são tão realistas, tão cheias de sentido e contextualizadas que sentimos que aquilo é Calcutá. Há ao longo de toda a narrativa um sentimento de insegurança, de loucura e degredo que nos prende e nos fascina de um modo que muitas vezes uma sociedade mais "normal" não nos prende. Ao longo de toda a narrativa senti que esta em Calcutá, que sentia o ambiente perigoso da cidade, que conseguia ver todos os pormenores daquela cidade, a pobreza e a loucura que anda de mão dada com os seus habitantes.

Toda a situação da ordem de culto a Kali faz sentido no contexto da história e o autor sabe explorar bastante bem e incorporar os acontecimentos no ambiente que Calcutá transmite.

Não há como dar uma opinião justa a este livro. Ele é simplesmente única e merece ser lido. Sinto-me bastante curiosa para ler os seus outros livros, pois já ouvi dizer que são tão bons como este. Não posso deixar de referir que adoro a capa. A minha é a edição especial e é simplesmente linda. Comprei este livro e divulguem-no, pois ele merece ser lido, relido e ficar em lugar de destaque na estante.

Sunday's Quotes (25)

“O silêncio é amigo íntimo do medo. E a espera em silêncio, essa, é a irmã sádica.” ― Manuel Alves, Equador Morto

sábado, 4 de janeiro de 2014

Mini-Opinião - Beastly: Lindy's Diary

Ficha Técnica:
Autor: Alex Flinn
Páginas: 144 (Ebook)
Editor: HarperTeen
ISBN: 9780062117427

Sinopse:
See the #1 New York Times bestselling story Beastly through Lindy's eyes! This is her diary, kept while living in captivity with the beast. Lindy's Diary captures all the romance and edgy mystery of the original!

Diary,

I am locked away . . . with no one to confide in but you . . . and him. His fur, those claws—they caught me off guard at first, but now I'm noticing something else about him—something deeper. It's the look in his eye. It tells me he's got a secret to keep. That's okay—I've got one, too. I think I'm falling in love with him. . . .

Lindy

Opinião:
Uma short story bastante engraçada e que merece ser lida por quem já leu o Beastly, do mesmo autor. Neste caso temos a perspectiva da Lindy sobre os eventos ocorridos. Tenho que ser sincera, já não mel lembrava e continuo sem me lembrar de muitas coisas, e portanto não consegui dizer: "Eu lembro-me disto!", o que eu gostava muito que tivesse acontecido.

No entanto não posso dizer que desgostei. Para dizer a verdade gostei de cada bocadinho passado com a Lindy, gostei de saber o ponto de vista dela dos acontecimentos, o que é que ela ía sentindo ao longo do tempo. E gostei ainda mais por causa da ironia que ela utiliza quando escreve no diário. Ironia essa que aos pouco vais desaparecendo conforme ela se vai apercebendo dos seus sentimentos e vai também evoluindo como personagem. Foi um tempo bem passado.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Opinião - Luz e Sombra

Ficha Técnica:
Autor: Leigh Bardugo
Título Original: Shadow and Bone
Páginas: 312
Editor: ASA
ISBN: 9789892324852
Tradutor: Raquel Dutra Lopes

Sinopse:
Só ela consegue vencer as trevas... Rodeada por inimigos, a outrora grande nação de Ravka foi dividida em duas pelo Sulco de Sombra, uma faixa de escuridão quase impenetrável cheia de monstros que se alimentam de carne humana. Agora, o seu destino pode depender de uma só refugiada. Alina Starkov nunca foi boa em nada. Órfã de guerra, tem uma única certeza: o apoio do seu melhor amigo, Maly, e a sua inconveniente paixão por ele. Cartógrafa do regimento militar, numa das expedições que tem de fazer ao Sulco de Sombra, Alina vê Maly ser atacado pelos monstros volcra e ficar brutalmente ferido. O seu instinto leva-a a protegê-lo , e ela revela um poder adormecido que lhe salva a vida, um poder que poderia ser a chave para libertar o seu país devastado pela guerra. Arrancada de tudo aquilo que conhece, Alina é levada para a corte real para ser treinada como um membro dos Grishas, a elite mágica liderada pelo misterioso Darkling. Com o extraordinário poder de Alina no seu arsenal, ele acredita que poderá finalmente destruir o Sulco de Sombra. No entanto, nada naquele mundo pródigo é o que parece. Com a escuridão a aproximar-se e todo um reino dependente da sua energia indomável, Alina terá de enfrentar os segredos dos Grisha... e os segredos do seu coração.

Opinião:
Ouvi falar tanto deste livro e tão bem! A maior parte das pessoas tecia-lhe louvores inimagináveis. Talvez tenha sido esse o meu erro. Ouvir falar tanto do livro. Neste momento sinto-me desiludida e não consigo perceber o que é que cativa tanto as pessoas. Certo, o conceito dos Grisha é interessante, o Não-Mar é completamente aterrador e bem conseguido, a premissa da história é convincente a desperta a curiosidade no leitor, mas senti que os personagens deixavam a desejar.

Não senti uma afinidade por aí adiante com a Alina ou com o Maly. Como personagens não me conseguiram cativar, não sei explicar porquê, mas não me senti atráida pelos mesmos. Achei a Alina um pouco tontinha e tapadinha e o Maly um totó por levar tanto tempo a revelar os seus sentimentos. O único personagem que me conseguiu cativar foi definitivamente o Darkling. De tudo o que ouvi dizer, este foi o único ponto que foi de encontro às minhas expectativas. É um personagem completamente sedutor, manipulador e ao mesmo tempo encantador. Com uma inteligência que raia a loucura. E só mesmo no final é que nos apercebemos disso, quando o facto nos é completamente esfregado na cara por uma das outras personagens.

A nível da narrativa a escrita da autora é simples e os diálogos estão bem conseguidos. Mas não houve nada em específico na escrita da autora que me tenha feito ficar fã. Posso dizer que li o livro à pouco tempo e apesar de me lembrar da premissa e da ideia geral do livro não me recordo assim de tantos pormenores.

Espero sinceramente que o próximo livro seja melhor e que eu não me deixe influenciar por aquilo que as pessoas dizem. É uma leitura que tem os seus méritos, mas não é algo de extraordinário.
(Livro lido em parceria com o Segredo dos Livros)

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

2013 em Revista

2013 foi um ano excepcional a nível de leituras e não só. Foi um ano de mudanças e inovações. 

É difícil decidir por que ângulo devo começar a abordar este ano que passou. A nível pessoal foi um ano que me dá uma grande satisfação revisitar. Dei início ao Blog, tornando realidade um sonho que tenho desde há muito tempo, mas que sempre tive receio de concretizar. Mas não só dei início ao Blog, como ainda tive capacidade para me meter em mais aventuras, e assim sendo em 2014 vou também começar a participar em desafios, nomeadamente o  Mount TBR, o Monthly Motif Reading Challenge, o Monthly Key Word e o Short Story Literary Challenge, lançados por diferentes por blogs. Espero sinceramente ao longo de 2014 ser capaz de atingir os objectivos a que me propus. Outro ponto que gostaria de focar é o facto de estar a ser capaz de manter o Blog actualizado e activo, com publicações regulares. Tinha receio que isto se viesse a tornar um problema, pois aumentei a carga horária no trabalho e tinha algum receio que com isso viesse uma diminuição do tempo disponível para ler. Além disso sou daquelas pessoas que gosta de opinar e dar a conhecer livros, mas quando sinto que se começa a tornar algo quase como uma obrigação começo a ter dificuldades em o fazer. Não digo que de vez em quando não me dê a preguiça, contudo tenho sido capaz de contrariar este estado de espírito e até ao momento não deixei de dor opinião acerca de um único livro. Posso ainda dizer que me faltam publicar várias opiniões acerca de livros e contos ainda lidos durante 2013. 


Mas o ano não foi positivo apenas por alguns sonhos se terem tornado realidade. Foi ainda um ano mais importante a nível de leituras propriamente ditas. Apesar de ter estado a trabalhar o ano todo (ao contrário de 2012 em que só trabalhei metade do ano) e de ainda ter aumentado a minha carga horária, a verdade é que foi um ano mais proveitoso a nível de leituras (pelo menos a nível quantitativo). Entre contos e livros li um total de 143 histórias. E aqui tenho que confessar que algumas antologias não foram lidas na totalidade, apenas parcialmente, pois o meu interesse prendia-se com determinado autor e determinada história. Sinto-me também satisfeita pelo facto de ter dado oportunidade a mim mesma de ler muitos livros fora da minha zona de conforto, que é a literatura fantástica e a ficção científica. Isto deveu-se principalmente ao facto de estar inscrita num grupo, no Segredo dos Livros, que me permite ler determinados livros sem qualquer custo tendo como contrapartida opinar acerca dos mesmos após as suas leituras. Assim sendo li 47 livros emprestados pelo clube, sendo a maioria romances ou policiais. Este ano fiz também um uso exaustivo do meu kindle, levando-me a aumentar as minhas leituras em inglês. Graças ao kindle conheci também vários autores e tive oportunidade de conseguir ler livros dos quais tenho ouvido falar bastante. O meu kindle touch acompanhou-me na leitura de 50 ebooks, sendo que destes 19 foram contos. Relativamente à leitura de livros físicos adquiridos pela minha pessoa procedi à leitura de 44, sendo que destes dois foram revistas (Almanaque SteamPunk 2013 e Lusitânia) e outros dois foram livros de contos. Sinto-me um pouco envergonhada por andar a ler poucos livros físicos próprios, e vou ter que tentar contrariar esta tendência no ano que aí vem. Talvez tentar reduzir na quantidade de livros emprestados. 


Após estas estatísticas muito superficiais resta-me falar das minhas descobertas literárias deste ano. Antes de mais tenho que confessar que como leitora sinto que cresci e amadureci imenso durante este ano. O que faz com que sinta que o ano valeu a pena e me faz sentir orgulhosa de mim mesma. Há muitos livros que li e que sinto que se tivessem sido lidos à um ano atrás teria achado muito mais interessantes, ao mesmo tempo sinto que há livros que foram lidos este ano que caso tivessem sido lidos antes não teriam sido aproveitados devidamente e que não teria conseguido aperceber-me de determinados pormenores, paralelismos e intenções do autor. Por isso sim, sinto-me orgulhosa do tipo de leitora em que me estou a tornar. Por este motivo no ano de 2014 houve uma atribuição de 5 estrelas (na classificação do Goodreads) muito selecta. Em contrapartida muitos livros viram-se a ser classificados como Ok ou então como um simples Gostei. Foram 11 os livros que tiveram direito à classificação de It Was Amazing, 54 ficaram com o Really Liked It, 58 com o Liked It e 18 com o It Was Ok. Houve autores que me conseguiram surpreender e decepcionar ao longo do ano, como exemplo posso indicar o Neil Gaiman (adorei o The Ocean at the End at the Lane e detestei o How to Talk to Girls at Parties). Houve autores que já conhecia e que fiquei a gostar ainda mais, como por exemplo o Chris Cleave e houve autores que descobri e que me deixaram completamente rendida. Neste último grupo tenho a apontar: 


Dean Koontz e a sua série Frankenstein - adorei cada momento dos livros, são fenomenais! Infelizmente ainda só tive oportunidade de deitar a mão aos dois primeiros, mas conto ler os seguintes brevemente. Manuel Alves - um autor potuguês do qual desconhecia completamente a existência, mas já estou a tratar dessa falha, sendo que já adquiri todos os contos gratuitos do autor. Z deixou-me completamente rendida. Dan Simmons - este é outro autor que me deixou completamente de queixo caído e que não posso deixar de aconselhar. O seu livro A Canção de Kali é sem dúvida uma das leituras mais soberbas que li este ano. Diana Peterfreund - A sua saga For Darkness Shows the Stars está bastante bem conseguida, e as short stories da autora são um mimo completo para os seus leitores.
Não posso ainda deixar de referir outros autores que me acompanharam durante o ano e cujas leituras me marcaram, sendo eles: Aldous Huxley, George R. R. Martin, Marissa Meyer, Mathias Malzieu, Rosamund Lupton, Mary Balogh, Keith Donohue, Peter V. Brett, Chelsea M. Cameron e Sara Shepard.

E este é tão o resumo do meu ano literário. Espero que o próximo ano seja igualmente produtivo ou ainda mais.